RESUMO
Na obra Leis da Mídia, escrita com seu filho Eric, Marshall McLuhanMcLUHAN, MarshalL: Understanding media: the extensions of man. Cambridge, MA: MIT Press, 1991. pretendeu atribuir um status científico às suas ideias, apresentando seu modelo em Tétrade e oferecendo vários exemplos de sua aplicação. O mcluhanismo enfatiza fortemente o viés perceptual específico da ecologia da mídia; autores como Maurice Merleau-PontyMERLEAU-PONTY, Maurice: Sense and non-sense. Evanston: Northwestern University Press, 1964., Humberto MaturanaMATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. Autopoiesis and cognition: the realization of the living. Boston: D. Reidel, 1980., Francisco Varela, David ChalmersCHALMERS, David; CLARK, Andy. The extended mind. Analysis, Oxford, v. 58, n. 1, p. 7-19, 1998. e Andy Clark nos permitem associá-lo à pesquisa sobre consciência e cérebro das últimas décadas. Se a mídia cria uma experiência relacionada ao seu contexto epistêmico, é possível analisar formas de acoplamento homem-máquina - especialmente na cultura digital - ao examinar a hipótese de um tríplice isomorfismo entre <cérebro><aparato><experiência>, que transformaria o mcluhanismo em ciência dura. Aspectos desta hipótese são discutidos, juntamente a outros problemas relacionados à criação de obras de arte contemporânea.
palavras-chave:
leis da mídia; experiência; neurociência; tríplice isomorfismo; estética