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Sensescape: narrativas flutuantes

Sensescape: floating narratives

RESUMO

Este texto aborda o sentido do olfato enquanto articulador e mediador do/no processo de construção de lugares e narrativas urbanas. Apresentam-se os artistas Peter de Cupere e Hilda Kozári e, respectivamente, as obras Smoke cloud (2013-2016) e Air, Smell of Helsinki, Budapest and Paris (2003), como ações poéticas nas quais o cheiro atua como elemento tático para inferência de dados e a percepção das relações espaciotemporais. Para contextualizar teoricamente o olfato como fenômeno social e cultural, referenciam-se Classen et al. (1994)CLASSEN, Constance; HOWES, David; SYNNOTT, Anthony. Aroma: the cultural history of smell. New York: Routledge, 1994. e Porteous (1990)PORTEOUS, J. Douglas. Landscapes of the mind: worlds of sense and metaphor. Toronto: University of Toronto Press, 1990., enquanto as narrativas artísticas apresentadas provocam um exercício transgressor à hegemonia visual. Assim, assume-se o cheiro como um modo fenomênico de ativação do espaço urbano, reconhecendo a sua imprecisão nas evocações e associações com a paisagem, o tempo e a memória.

palavras-chave:
cartografias; paisagens olfativas; espacialidades; narrativas urbanas

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