O gafanhoto Schistocerca pallens (Thunberg) (Orthoptera: Acrididae) tem causado prejuízos em diversas culturas no Brasil e seu controle tem sido à base de inseticidas químicos, o que, freqüentemente, resulta em efeitos indesejáveis, trazendo sérios prejuízos ambientais e econômicos. O fungo entomopatogênico Metarhizium flavoviride (Gams & Rozsypal), candidato potencial ao controle de acridídeos em vários países, foi isolado de S. pallens no Nordeste do Brasil. Desde então, o patógeno tem sido estudado visando ao seu desenvolvimento como bioinseticida contra Rhammatocerus schistocercoides (Rehn), S. pallens e Stiphra robusta Mello-Leitão, que são os principais gafanhotos-praga do Brasil. Em testes realizados em condições de laboratório, aplicações tópicas de M. flavoviride (isolado CG 423), formulado em suspensão oleosa com diferentes concentrações de conídios (9.000 - 21.000 conídios/inseto), causaram elevada mortalidade (> 86%) em adultos de S. pallens. Não houve mortalidade no grupo testemunha. Dentre as doses de conídios utilizadas, não houve diferença significativa quanto ao tempo médio de sobrevivência dos insetos (6,2 a 6,9 dias). Esses resultados evidenciaram que M. flavoviride apresenta alta virulência a esse hospedeiro, o que estimula a intensificação de pesquisas visando a sua utilização para o controle biológico de S. pallens.
Insecta; patogenicidade; controle microbiano; fungo entomopatogênico