O potencial reprodutivo e a longevidade do parasitóide de ovos Telenomus podisi Ashmead foram estudados, em laboratório, em ovos dos percevejos hospedeiros Euschistus heros (F.), Piezodorus guildinii (West.) e Nezara viridula (L.). A capacidade reprodutiva e a longevidade de fêmeas de T. podisi foram significativamente diferentes nas três espécies de percevejos. A maior produção de descendentes por fêmea ocorreu nos primeiros 10 dias de vida, em ovos de E. heros e P. guildinii. O parasitismo em N. viridula foi muito baixo (8,1%) e somente cinco indivíduos completaram seu desenvolvimento. Fêmeas jovens geraram maior número de fêmeas do que de machos, ocorrendo proporção inversa com o avanço da idade da fêmea. A razão sexual do parasitóide quando desenvolvido em E.heros e P. guildinii foi de 0,67 e 0,61 e a fertilidade média da fêmea durante a sua vida reprodutiva foi de 211,0 e 76,1 descendentes, respectivamente. A longevidade das fêmeas de T. podisi foi diferente em cada espécie hospedeira, vivendo, em média, 19,9, 30,9 e 40,6 dias quando parasitaram ovos de P. guildinii, E. heros e N. viridula, respectivamente. Os machos, entretanto, tiveram sempre longevidade maior em relação às fêmeas, apresentando um tempo de vida semelhante nos três hospedeiros (32,0, 34,5 e 43,5 dias, respectivamente). Os resultados sugerem que E. heros e P. guildinii são os hospedeiros mais adequados ao desenvolvimento de T. podisi.
Insecta; Pentatomidae; biologia; controle biológico; percevejos; parasitóides