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Controle de Triatoma infestans Klug (Reduviidae: Triatominae) com Beauveria bassiana (Bals.) Vuill.: testes preliminares sobre a formulação e a aplicação em campo

O fungo Beauveria bassiana (Bals.) Vuill., isolado CG 306, foi testado contra o Triatoma infestans (Klug) através de aplicação indireta por contato do inseto com papel filtro tratado com conídios. O patógeno foi aplicado sobre papel filtro através de filtragem a vácuo de uma suspensão de conídios. Foram feitas estimativas do tempo médio de sobrevivência entre 15 e 21 dias nas densidades de 3x10(6) e 10(7) conídios/cm², respectivamente, sem diferenças significativas entre as concentrações. A concentração de 2,4x10(6) conídios/cm² de CG 306 foi necessária para matar 50% de ninfas de terceiro ínstar de T. infestans 25 dias após inoculação e incubação a 25°C e 50% de umidade relativa. A CL50 foi estatisticamente maior (2,0x10(7) conídios/cm²) quando os insetos foram expostos por uma hora aos conídios distribuídos sobre papel filtro. Um emulsificante à base de óleo mineral (2%) não afetou a germinação de conídios in vitro. Um número menor de conídios foi necessário para matar 50% dos insetos após exposição constante ao papel filtro tratado, em comparação com os conídios não formulados com o emulsificante. Quando a exposição foi limitada a 1 h, os conídios não formulados foram mais efetivos do que conídios formulados. Após aplicação de B. bassiana (10(7) conídios/cm²) em pequenas casas experimentais de madeira, seguida de liberação de ninfas de terceiro ínstar de T. infestans, o nível de infecção de insetos recuperados 25 dias após aplicação com o fungo foi significativamente inferior as encontrado na casa-testemunha. A mortalidade atribuída a infecção fúngica de insetos recuperados e mantidos em laboratório foi de 38,1 a 93,8%. A mortalidade de insetos expostos ao papel filtro tratado e mantido em copos cobertos com gaze dentro das casas, foi de 35 a 78,8% 25 dias após aplicação. A persistência dos conídios foi superior a 98% durante os experimentos de campo. Não houve desenvolvimento de B. bassiana sobre cadáveres originados de infecção provocada em laboratório e posteriormente expostos às condições de campo no interior das casas.

Insecta; doença de Chagas; controle biológico; Hyphomycetes


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