Resumo
No artigo analisamos os Planos de Recuperação Social e Ambiental executados pelo Estado do Chile nos municípios denominados zonas de sacrifício. A partir das contribuições da justiça ambiental e os debates em relação à participação e a governança que essa política envolve, damos conta das contradições e dificuldades para a transformação dos territórios degradados pela intensificação de atividades extrativistas, principalmente minero-energéticas. Concluímos mostrando como essas limitações e falhas da política ambiental relacionam-se com a dissociação da dimensão ambiental e social, -através da subvalorização da última-; a compreensão instrumental da participação como uma ferramenta tecno-burocrática para fines estatais; e as tensões provocadas por um modelo de governança ambiental neoliberal. Finalmente, planteamos a necessidade de pensar o conceito de zona de sacrifício vinculado à recuperação socioambiental como proposta desde os territórios para a transição á zonas de recuperação.
Palavras-chave:
Recuperação Ambiental e Social; Zonas de Sacrifício; Chile; Governança Ambiental; Comunidades