Resumo
Conforme avança, a pandemia COVID-19 expressa múltiplas dimensões territoriais. As análises aqui apresentadas acerca dos dados de casos e óbitos notificados permitem relacionar a evolução da pandemia com desigualdades já presentes no espaço urbano paulistano e com as diferentes condições sociais existentes para se aderir ao isolamento. Este artigo apresenta argumentos que dialogam com a perspectiva da justiça ambiental, discutindo alguns impactos das desigualdades territoriais na vida e morte dos paulistanos, pela distribuição de fatores tais como: características urbanas, trabalho, comorbidades, equipamentos e acesso à saúde, que mantém um padrão centro periferia. Por se tratar da observação de um caso em andamento, trata-se de um trabalho exploratório, com hipóteses abertas.
Palavras-chave:
desigualdades; periferia; COVID-19; justiça ambiental; São Paulo - Brasil