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PLANTAS ANTIPARASITÁRIAS UTILIZADAS PELOS INDÍGENAS KANTARURÉ-BATIDA (NE-BRASIL): ETNOBOTÂNICA E RISCOS DE EROSÃO DOS SABERES LOCAIS1 1. Agradecemos a comunidade indígena Kantaruré-Batida por toda colaboração no desenvolvimento do trabalho. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto PET 0018/2013 e pela concessão de bolsa ao primeiro autor. À Universidade do Estado da Bahia (UNEB), pela infraestrutura concedida.

Resumo

Indígenas possuem uma relação intrínseca com a flora empregada em sistemas de cura. Entretanto, poucos são os dados acerca das plantas usadas no tratamento de parasitoses intestinais, uma das principais causas de morbimortalidade entre índios. Desse modo, este estudo realizou o levantamento das plantas antiparasitárias utilizadas pelos Kantaruré-Batida e avaliou se ocorre difusão do conhecimento etnomedicobotânico. Para tanto, utilizou-se entrevistas e listas livres. Foram entrevistados 31 indígenas, os quais citaram 21 espécies. A maioria dos informantes (91%) adquiriu o conhecimento tradicional por transmissão hereditária e o difunde (77%) da mesma forma. Apenas 35% utilizam as plantas medicinais como primeiro recurso de cura e associam a diminuição do uso a proximidade dos serviços de saúde. Portanto, tornam-se relevantes ações de preservação dos saberes e da biodiversidade local visando a manutenção da terapêutica indígena.

Palavras-chave :
Caatinga; Conhecimento tradicional; Índios; Parasitoses Intestinais; Plantas medicinais

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