Resumo
Na última década, a escassez hídrica em Minas Gerais afetou a disponibilidade hídrica superficial, levando usuários a privilegiar o uso da água subterrânea como fonte alternativa. A bacia hidrográfica do rio São Francisco é uma das mais importantes dentre as que banham o estado, tanto pela abrangência espacial quanto pela preponderância do uso de água subterrânea. Devido à escassez hídrica resultado de eventos extremos de estiagem entre 2009 e 2018, houve uma tendência no aumento de requerimentos de outorgas de uso de água subterrânea. O objetivo deste artigo foi avaliar a correlação entre o aumento desses requerimentos e períodos de anomalias negativas de precipitações em relação à situação crítica de escassez hídrica, definida pela Deliberação Normativa CERH/MG 49/2015. Observou-se uma relação direta entre anomalias negativas de precipitação e escassez hídrica, e o aumento de requerimentos para uso de águas subterrâneas, principalmente nos anos entre 2014 e 2018.
Palavras-chave:
Escassez hídrica; estiagem; água subterrânea; gestão hídrica; hidrologia