Resumo:
Este artigo analisa o impacto do currículo inovador na adaptação dos estudantes de medicina, propondo-se verificar os fatores que interferem na vivência acadêmica. Utilizamos o Questionário de Vivências Acadêmicas na sua versão reduzida (QVA-r), com escala de Likert de 5 pontos. Participaram 90 estudantes de medicina, 40 da 1ª série e 40 da 3ª série. Em relação ao gênero 60% (n = 48) foram do sexo feminino com (QVA-r total 3,7) e 40% (n = 32) do masculino com (QVA-r total 3,8). Os participantes que exerciam atividade remunerada apresentaram média inferior na dimensão estudo (M =3,3) em relação aos que não exerciam nenhuma atividade remunerada (M = 3,6). Observamos que a dimensão carreira exerce um papel importante na adaptação dos estudantes (M = 4,2) para ambas as séries. Foram identificadas diferenças referentes à idade, evidenciando que os estudantes com maior média demonstraram melhor adaptação à instituição. Constatamos que as mulheres apresentam melhor adaptação ao método de ensino e os homens demonstram melhor adaptação global à instituição. Concluímos que o QVA-r demonstrou ser um bom instrumento de avaliação da adaptação dos estudantes frente à implantação de currículos inovadores no curso médico.
Palavras-chave: Educação médica; Diretrizes curriculares nacionais; Adaptação à universidade