Nesta pesquisa, descrevemos aspectos qualitativos e quantitativos da ciclagem de detritos de macrófitas aquáticas e carboidratos em duas lagoas costeiras do nordeste do Estado do Rio de Janeiro. Amostras de água das lagoas Imboassica e Cabiúnas foram enriquecidas com sacarose. Amostras de água da lagoa Cabiúnas foram também utilizadas para a montagem de câmaras de mineralização com fragmentos de três espécies de macrófitas aquáticas encontradas nestas lagoas (Typha domingensis, Potamogeton stenostachys e Nymphaea ampla). Em seguida, as garrafas foram aeradas e incubadas (no laboratório) por um período de 8 dias. As concentrações de oxigênio dissolvido, o pH, a condutividade elétrica e a temperatura foram medidos diariamente. Os processos anaeróbicos foram inibidos pela aeração periódica das garrafas. Os resultados sugerem que o processo de mineralização na lagoa Imboassica foi mais eficiente; na lagoa Cabiúnas o processo de imobilização da matéria orgânica foi dominante. No curto prazo, o maior consumo de oxigênio ocorreu na mineralização de N. ampla, seguida pela mineralização de P. stenostachys e de T. domingensis. Entretanto, foi estimado que no longo prazo a mineralização de P. stenostachys consumiria uma quantidade maior de oxigênio.