Estudaram-se os padrões fenológicos e dispersão em uma comunidade sucessional desenvolvida a partir de rejeitos de mineração de calcário. A comunidade vegetal era composta principalmente de indivíduos herbáceos e arbustivos, com algumas árvores esparsas. O estudo deu-se durante 2 anos (fevereiro de 1992 a julho de 1994), onde mensalmente os indivíduos foram observados e registrados a sua fenologia e os seus padrões de dispersão, a fim de observar os recursos disponíveis para a fauna local. O número de espécies nos diferentes estratos foi: 50 espécies herbáceas, 21 espécies arbustivas e 24 espécies arbóreas. A proporção de espécies anemocóricas e zoocórias foi maior nos estratos herbáceo e arbustivo. O padrão zoocórico foi mais freqüente no estrato arbóreo. O estudo mostrou que a introdução natural da fauna ocorre mesmo em áreas mineradas não recuperadas e, as chances desta comunidade se manter existem desde que as plantas sejam polinizadas e dispersas.
