A administração oral de antígenos protéicos pode levar a indução ou supressão da resposta imune. A indução da resposta imune é de grande importância para o desenvolvimento de vacinas orais. Já a supressão, denominada de tolerância oral, pode vir a representar uma solução terapêutica a numerosas enfermidades. O objetivo deste trabalho foi de compreender o comportamento in vivo de um antígeno modelo, a ovalbumina (OVA), marcado com um radioisótopo, o 99m tecnécio (99mTc), e administrado por via oral na sua forma livre e encapsulado em lipossomas de pequeno tamanho (SUV). As amostras foram administradas por gavagem à camundongos, sacrificados após 30, 60, 90, 120, 180 e 360 minutos. A radioatividade foi medida no estômago, intestinos, placas de Peyer, linfonodos mesentéricos, baço, fígado e sangue dos animais. Os resultados mostraram que a OVA livre ou encapsulada em lipossomas SUV apresenta biodistribuições distintas. As diferenças encontradas na biodistribuição da OVA livre ou encapsulada podem representar mecanismos diferentes para a indução ou não de tolerância oral.