Características morfológicas e fisiológicas foliares foram estudadas em indivíduos jovens envasados de Leandra lacunosa que sofreram desfolhamento e em indivíduos controle. Após o desfolhamento, as folhas remanescentes da parte inferior não apresentaram mudanças significativas dos valores de fotossíntese e condutância estomática. Entretanto, a taxa de transpiração foliar foi maior quando comparada com plantas desfolhadas em porções inferiores. A rebrota de folhas foi maior após o desfolhamento da parte superior. Nas plantas desfolhadas em porções inferiores, ocorreu, momentaneamente, aumento da taxa fotossintética e da extensão do caule. Após dois meses de desfolhamento as plantas controle e desfolhadas não diferiram quanto aos valores do comprimento do caule e massa seca da raiz. Portanto, apesar da menor área foliar e menor capacidade fotossintética, as folhas na parte inferior foram capazes de compensar a eliminação das folhas superiores. A efetividade desta resposta compensatória, no entanto, dependerá da habilidade das novas folhas emitidas escaparem do ataque dos herbívoros.
