RESUMO
A morte do autor foi um ensaio publicado em 1967 por Roland Barthes. Dois anos depois, Michel Foucault pronunciou em uma conferência que o autor não tinha morrido: estava apenas em um incessante processo de desaparecimento. Todavia, para Mikhail Bakhtin e Umberto Eco, o autor sempre esteve e estará vivo no texto. Sobre esse aspecto, o teórico russo e o escritor italiano tinham visões semelhantes quando procuravam compreender a essência do autor a que Barthes se referia. Nas suas principais características, Mikhail Bakhtin concebera o autor-criador; já Umberto Eco elaborara o autor-modelo. Frente a essas possibilidades, o objetivo deste artigo foi examinar as diferenças e as semelhanças entre esses dois conceitos: autor-criador e autor-modelo. Ao compará-los, constatamos que são duas figuras ativas, que exercem suas forças criadoras e estratégicas no texto. Este, por sua vez, funciona como relevante fator de aproximação entre o autor-modelo e o autor-criador.
PALAVRAS-CHAVE:
Autor; Leitor; Mikhail Bakhtin; Umberto Eco