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Poesia e acervos orais na urdidura dos poemas de Batata cozida, mingau de cará, de Eloí Bocheco

RESUMO

Neste estudo, a poesia oral é observada enquanto manifestação estética e a atenção se volta aos poemas que rememoram a infância cuja inspiração é o acervo oral. Apresentam-se coordenadas que favorecem a observação das propriedades poéticas e criativas do referido gênero poético, a partir das quais são analisados poemas da obra Batata cozida, mingau de cará (2006), de Eloí Bocheco. Desse modo, pode-se afirmar que a poética para a infância compreendida pela proposta da escritora permite ao pequeno leitor transitar, na mesma criação, pelo conhecido, isto é, pelos elementos da poesia oral quase sempre recuperados da tradição popular; e pelo que ele conhece na mesma oportunidade: o poema de autoria declarada, que pressupõe um trabalho urdido basicamente na escrita. Além disso, tais poemas podem ser compreendidos como variação dos poemas da tradição oral, que se renovam no limiar entre a oralidade e a escrita, num jogo lúdico com os dois códigos.

PALAVRAS-CHAVE:
Poesia oral; Poemas para a infância; Eloí; Bocheco

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