RESUMO
Este artigo revisita uma tradicional questão na literatura em franchising: o mix contratual, ou seja, a proporção entre franquias e lojas próprias. Analisam-se 270 redes brasileiras para entender melhor o cenário nacional. Ressalta-se a dinâmica dessa proporção ao longo do tempo considerando como possíveis explicações o problema dos custos de monitoramento e da dificuldade das redes em acessar recursos vitais para o sucesso da operação. Considerando o momento da economia brasileira, considera-se pertinente e oportuno investigar o comportamento das redes em tempos de turbulência. Um painel de dados cobrindo o período 2011-2016 foi analisado por meio de ferramentas econométricas. Os resultados corroboram aspectos relacionados a problemas de agência, ou seja: custos de monitoramento em elevação devido à dispersão geográfica induzem uma maior proporção de lojas franqueadas. Além disso, o conceito de dispersão é estendido para capturar aspectos socioeconômicos das diferentes regiões ocupadas pelas cadeias. Efeitos relacionados à restrição a recursos escassos também são notados, mas de maneira menos ambígua.
Palavras-chave:
Franchising; Mix contratual; Teoria da agência; Recursos escassos