Resumo
Este trabalho investiga a presença do efeito disposição em investidores brasileiros no ano de 2020. A base de dados compreende 274 investidores distintos que, em conjunto, realizaram mais de 12 mil transações. Aplica-se a metodologia utilizada por Odean (1998). A partir das carteiras de investimento de cada indivíduo, estima-se a proporção de ganhos e de perdas realizadas e testa-se a hipótese de igualdade dessas proporções. O estudo identificou que os investidores brasileiros estão propícios à influência dessa anomalia comportamental nas suas decisões, ou seja, vendem seus investimentos com ganhos mais rapidamente e mantêm seus investimentos perdedores por mais tempo e que uma posição com lucro possui mais chance de ser vendida do que uma posição com prejuízo. Os resultados não indicam efeito disposição no mês de março, e isso sugere que, em momentos de maior incerteza, investidores buscam limitar perdas, independentemente do lucro ou prejuízo auferido com o ativo.
Palavras-Chave:
Finanças comportamentais; efeito disposição; teoria das perspectivas; aversão à perda