Resumo
Com base na abordagem da Autonomia das Migrações, este artigo objetiva analisar modos de singularização de migrantes e refugiados a partir da criação de atividades laborais na perspectiva do trabalho imaterial. O método da cartografia permitiu a produção de dados por entrevistas e observações-participante em Porto Alegre (Brasil), fundamentados em eventos-atividades, informantes-chave e migrantes econômicos e refugiados do sul global que trabalham com música, dança, alimentação, moda, idioma e representação político-cultural. Conclui-se que a mobilização dos migrantes e refugiados em rede de cooperação destaca as referências vernáculas e a situação de migração/refúgio, tornando-os empreendedores de si. Percebe-se um modo de singularização referente a um mercado de trabalho para migrantes e refugiados vinculado ao afeto e à política, que permite, pelo trabalho imaterial, a (re)invenção de si no país de destino.
Palavras-chave:
Trabalho Imaterial; Autonomia das Migrações; Refugiado