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Relações Entre Estado e Empresas e Arenas Como Espaço Legítimo para Crimes Estatal-Corporativos: O Caso do Trabalho Escravo no Brasil

RESUMO

Este artigo tem como objetivo explorar a gênese das arenas como sendo um espaço de relação interorganizacional que pode promover ou abrir caminho para a consecução de crimes corporativos. Tomando como base o cenário brasileiro de erradicação da escravidão, argumentamos que há a criação de arenas e contra-arenas dinâmicas como espaços para ora evitar e ora promover crimes corporativos enquanto o Estado desempenha o papel de facilitador de tais crimes. Essa discussão afirma que a promoção e a prevenção de crimes corporativos são legitimadas tanto pelo Estado em seu regime de permissão quanto pelos atores que atuam nesse campo por intermédio da formação de arenas. Para mapear os elementos-chave dessas arenas, nossa pesquisa se baseia nas técnicas de shadowing, entrevistas em profundidade e observação de campo. Após formado o corpus de pesquisa, analisamos os fenômenos principalmente por meio de codificação aberta, axial e seletiva, com base na abordagem da Grounded Theory.

PALAVRAS-CHAVE:
Crime estatal-corporativo; Trabalho Escravo; Arenas; Relações Interorganizacionais

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