Resumo
Este estudo objetivou comparar a disponibilidade de fornecimentos e restaurações de amálgama e resina composta entre as Equipas de Saúde Oral (OHT) por regiões brasileiras. Os dados secundários foram extraídos dos módulos I e II do 1º (2012) e V e VI do 2º (2014) e 3º ciclo (2017) da avaliação externa do Programa Nacional de Acesso e Qualidade em Cuidados Primários. As proporções entre regiões e ciclos foram comparadas utilizando o teste Qui-quadrado com o teste z ajustado pelo método de Bonferroni (p<0,05). Entre 2012, 2014, e 2017 houve uma redução significativa na proporção de OHT que realizou restaurações de amálgama (87,5%, 89,2%, e 80,2%; p<0,001) e um aumento na resina composta (92,5%, 97,7%, e 99,0%; p<0,001), com a mesma tendência nas regiões brasileiras (p<0,001). A disponibilidade de amalgamadores diminuiu entre 2012 (99,0%), 2014 (98,4%) e 2017 (85,6%) (p<0,001). A disponibilidade de amálgama foi menor em 2017 (80,1%), em comparação com 2012 (87,5%) e 2014 (97,5%) (p<0,001). A disponibilidade de polimerização por luz diminuiu entre 2012 (99,0%), 2014 (98,4%) e 2017 (85,6%) (p<0,001), estando menos disponível no Norte (95,7%) (p<0,001). A resina fotopolimerizadora aumentou entre 2012 (94,1%), 2014 (96,6%) e 2017 (97,0%) (p<0,001), sem aumento apenas no Norte (p=0,134). Embora tenha havido uma redução nos fornecimentos e restauração de amálgamas, houve um aumento nos fornecimentos e restaurações de resina composta no período avaliado em todas as regiões brasileiras. Contudo, as disparidades regionais são ainda evidentes, com menos oferta de serviços de restauração na região Norte.