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Epidemiology and severity of traumatic dental injuries in permanent teeth: A 20-year retrospective study

Resumo

Esse estudo objetivou avaliar as injúrias dentárias traumáticas (IDTs) na dentição permanente entre os pacientes que compareceram ao ambulatório de uma faculdade de odontologia brasileira, durante os últimos 20 anos, e investigar fatores associados à severidade dessas lesões. Os registros clínicos dos pacientes que compareceram a um centro especializado de atendimento em traumatismo dentário no Brasil apresentando pelo menos uma IDT em dente permanente, entre os anos de 2000 e 2019, foram revisados. Os dados registrados foram sexo, idade, arco dental afetado, etiologia, número e tipo dos dentes afetados, e classificação e severidade das IDTs. O diagnóstico e a classificação das IDTs foram baseados nas diretrizes da Associação Internacional de Traumatologia Dentária (AITD). A gravidade das lesões de cada paciente foi definida como leve, moderada ou severa. Estatísticas descritivas, teste qui-quadrado e análises de regressão multinomial foram usadas para avaliar os resultados. O nível de significância foi fixado em 5%. Um total de 837 registros clínicos foi incluído, totalizando 2357 dentes. O sexo masculino foi mais prevalente que o feminino. A idade dos pacientes variou de 5 a 71 anos. Os traumas mais comuns foram avulsão (n=512) e fratura não-complicada do esmalte-dentina (n=488). As análises univariadas mostraram que houve associação estatisticamente significativa entre a faixa etária (p=0,004), etiologia (p=0,000) e número de dentes afetados (p=0,000) com a gravidade do traumatismo dentário. Em conclusão, as IDTs que ocorreram em Piracicaba e região são epidemiologicamente semelhantes aos encontrados em todo o mundo, e que lesões mais graves estão relacionadas à faixa etária, etiologia e número de dentes afetados.

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