Resumo
Este estudo avaliou a influência de diferentes espessuras de esmalte e dentina na medição dos níveis de saturação de oxigênio (SpO2) em alta (HP) e baixa (LP) perfusão sanguínea, comparando os valores obtidos em dois oxímetros de pulso (OPs) diferentes, BCI e Sense 10. Trinta dentes recém-extraídos de humanos tiveram suas coroas interpostas entre os OPs e um simulador óptico, que simulava a SpO2 e os batimentos cardíacos por minuto (bpm) nos modos de HP (100% SpO2 / 75 bpm) e LP (86% SpO2 / 75 bpm). Após, as superfícies palatinas / linguais dos dentes foram desgastadas com brocas de diamantadas. A leitura da SpO2 foi realizada novamente usando os dois OPs alternadamente através da face vestibular de cada coroa dental. Os dados foram analisados pelos testes Wilcoxon, Mann-Whitney e Kendall Tau-b (α = 5%). Os resultados mostraram diferença significativa nos modos HP e LP nas leituras de SpO2 através das diferentes espessuras dentárias com o uso do BCI, e no modo LP com o uso do Sense 10, que teve correlação linear significativa (p <0,0001) e menores valores de leitura de SpO2 em relação ao aumento da espessura dentária. Independentemente da espessura do dente, o Sense 10 apresentou valores de leitura significativamente maiores (p <0,0001) do que o BCI em ambos os modos de perfusão. A interposição de diferentes espessuras de esmalte e dentina influenciaram a mensuração da SpO2 pelos OPs, especialmente no modo de baixa perfusão. Os POs foram mais precisos na mensuração da SpO2 quando os níveis simulados de perfusão foram maiores.