Resumo
Os enxaguatórios bucais comerciais fluoretados diferem na concentração e tipo de sal de fluoreto, no pH e têm alguns ingredientes que podem interferir na reatividade do fluoreto com o esmalte desmineralizado. A capacidade de enxaguatórios bucais comerciais de formar produtos de reação em esmalte desmineralizado (teste de biodisponibilidade) foi avaliada in vitro. Nove enxaguatórios bucais adquiridos no Chile foram avaliados, oito formulados com NaF (um contendo 100 µg F/mL e sete contendo 226) e um com Na2FPO3 (226 µg F/mL como íon F). Os blocos de esmalte desmineralizados (n=15 por grupo) foram seccionados, uma metade foi submetida ao tratamento com o enxaguatório designado por 10 min e a outra metade foi usada para dados baseline. Fluoreto fracamente e firmemente ligados formados no esmalte foram determinados com um eletrodo íonespecífico e os valores foram expressos em µg F /cm2. A concentração de fluoreto e o pH dos enxaguatórios foi previamente determinada. As concentrações de fluoreto tipo fluoreto fracamente ligado e fortemente ligado formadas no esmalte foram analisadas independentemente por ANOVA e teste de Tukey (α=5%). As concentrações de fluoreto fracamente ligado e fortemente ligado formados variaram de 3,2 a 36,2 e 0,4 a 1,7, respectivamente. O fluoreto fracamente ligado formado no esmalte foi significativamente mais eficaz para discriminar o efeito dos diferentes enxaguatórios bucais comerciais do que o fluoreto firmemente ligado. Enxaguatórios bucais com 226 ppm F na forma de NaF e baixo pH apresentaram significativamente maior biodisponibilidade de fluoreto no esmalte do que aqueles com maior pH ou menor concentração de NaF. O enxaguatório com Na2FPO3 apresentou reatividade muito baixa. Embora mais estudos sejam necessários, os resultados mostraram que os enxaguatórios bucais comerciais contendo fluoreto apresentam variações importantes na biodisponibilidade do fluoreto, o que poderia resultar em diferenças na eficácia anticárie
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