O objetivo deste estudo foi comparar o dano ósseo periférico produzido por diversos sistemas de corte. Foram avaliados 4 dispositivos: laser Er:YAG (2,94 mm), Piezo-cirurgia, broca em alta rotação e broca em baixa rotação. Para isto, foram utilizadas 45 seções ósseas retiradas de mandíbulas de suínos, até 1 h post-mortem, divididas em 9 grupos de acordo com diversos parâmetros. As amostras foram fixadas em formalina a 10% tamponada, descalcificadas e cortadas em lâminas finas. Foram analisados 4 parâmetros diferentes: a precisão do corte, a profundidade da incisão, a carbonização periférica e presença de fragmentos ósseos. A análise estatística empregou o teste de Kruskal-Wallis para avaliar a similaridade das medianas entre os grupos. Todas as seções feitas com o laser Er:YAG exibiram pouca carbonização. As margens das incisões foram todas bem acabadas e regulares, sem apresentar pontos de fusão. As amostras obtidas por piezo-cirurgia apresentaram incisões superficiais sem danos térmicos, mas com margens irregulares. As seções obtidas pelas brocas convencionais apresentaram pouca carbonização marginal, particularmente as feitas em baixa rotação. Foram observadas diferenças estatisticamente significantes (p<0,01) entre todos os sistemas de corte para cada um dos parâmetros analisados. O laser Er:YAG apresentou pouca carbonização e pode ser considerado como um método eficaz para biópsias de ossos bucais, produzindo amostras de tecido limpas e fáceis de analisar.
