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Frequency of oral mucositis and microbiological analysis in children with acute lymphoblastic leukemia treated with 0.12% chlorhexidine gluconate

Tendo em vista o potencial de morbidade das complicações orais em pacientes com leucemia, este estudo avaliou as alterações clínicas e microbiológicas que ocorrem na mucosa bucal de crianças com leucemia linfoblástica aguda (LLA), submetidas à quimioterapia antineoplásica e administração profilática do gluconato de clorexidina 0,12%. A amostra foi constituída de 17 crianças de 2 a 12 anos, as quais foram submetidas a exame clínico da mucosa oral para a detecção de lesões bucais. Além disso, foi coletado material biológico das mucosas labial e jugal para análises microbiológicas. A mucosite oral foi observada em apenas 5 (29,4%) pacientes. A análise microbiológica revelou a presença de um número reduzido de microorganismos potencialmente patogênicos, como estafilococos coagulase-negativos (47%), Candida albicans (35,3%), Klebsiella pneumoniae (5,9%), Escherichia coli enteropatogênica (5,9%) e Stenotrophomonas maltophilia (5,9%). Pacientes com mucosite oral apresentaram uma maior freqüência de estafilococos coagulase-negativos (80%) quando comparados aos pacientes que exibiam mucosa oral normal (33,3%). Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que o uso profilático do gluconato de clorexidina 0,12% reduz a freqüência de mucosite oral e de patógenos orais em crianças com LLA. Além disso, os presentes achados sugerem uma possível relação entre estafilococos coagulase-negativos e o desenvolvimento de mucosite oral.


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