Resumo
Antibióticos não curam dor de dente. Tal mensagem, encontrada no título dos panfletos e cartazes da caixa de ferramentas Gerenciamento Antimicrobiano Odontológico (AMS) do Reino Unido, é direcionada aos pacientes; os clínicos já deveriam saber disso. Diretrizes clínicas baseadas em evidência existem para estabelecer padrões claros à boa prática clínica, ainda que existam barreiras para sua observância. A ferramenta AMS para monitoramento nacional é voltada para clínicos revisarem sua conduta frente às condições dentais agudas, inclusive mas não limitada à prescrição de antibióticos. Neste artigo, visa-se colaborar com equipes odontológicas a fim de protegerem a si e a seus pacientes contra situações adversas relacionadas ao uso de antibióticos. Explora-se o problema emergente do Clostridium difficile, resistência bacteriana a antimicrobianos e sepsis severa, além de considerar algumas das barreiras que clínicos têm sugerido como geradoras de prescrições inapropriadas de antibióticos. Os dentistas devem pesar riscos e benefícios antes de prescrever qualquer antibiótico.
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