Resumo
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da aplicação passiva ou ativa do ácido fosfórico após o tratamento com ácido hidrofluorídrico na resistência de união ao microcisalhamento entre cimento resinoso e dissilicato de lítio. Trinta discos foram confeccionados com IPS Emax 2 (10 mm de espessura e 10 mm de diâmetro). Os espécimes foram divididos em três grupos (A: aplicação do ácido hidrofluorídrico 9,6%; AF: aplicação do ácido hidrofluorídrico 9,6% + limpeza com ácido fosfórico 37% em modo passivo; AFF: aplicação do ácido hidrofluorídrico 9,6% + limpeza com ácido fosfórico 37% no modo ativo). Para o teste de microcisalhamento, quatro tygons (0,9 de diâmetro e 0,2 mm de altura) foram preenchidos com cimento resinoso (RelyX Ultimate) e dispostos sobre os discos de cerâmica. Após o teste, os modos de fratura foram examinados por microscopia eletrônica de varredura. Os dados foram analisados estatisticamente por ANOVA e pós-teste de Tukey (α=0,05). Os valores de resistência de união foram significativamente superiores para o grupo AFF (11,0±2,5 MPa), comparado ao grupo A (8,1±2,6 MPa) (p<0,002), mas este não estatisticamente diferente do grupo AF (9,4±2,5 MPa). Concluiu-se que a aplicação ativa do ácido fosfórico 37% após o uso do ácido hidrofluorídrico 9,6% aumenta a resistência de união entre o cimento resinoso e a cerâmica de dissilicato de lítio.