Desde que os reservatórios de flúor (F), cálcio (Ca) e fósforo inorgânico (Pi) na placa dental são suscetíveis a quedas de pH, este estudo in situ cruzado foi conduzido para testar a hipótese de que baixas concentrações destes íons na placa, formada na presença de sacarose, poderiam ser atribuídas simplesmente à fermentação deste açúcar. Onze voluntários utilizaram dispositivos palatinos contendo seis blocos de esmalte dental humano durante duas fases. Em cada fase os tratamentos foram solução de sacarose a 20% ou água destilada deionizada, que foram gotejadas sobre os blocos 8 vezes ao dia. Após 28 dias, em cada fase, a placa dental formada sobre dois blocos foi coletada, o tratamento foi invertido e após um tempo adicional de 24 e 48 horas, o biofilme formado foi coletado dos outros blocos. A concentração de F, Ca e Pi solúvel em ácido e a concentração de polissacarídeo insolúvel (PI) foram determinadas na placa dental. Concentrações estatisticamente menores de F, Ca e Pi, e uma concentração maior de PI foram encontradas no biofilme de 28 dias formado na presença de sacarose do que na sua ausência; após a inversão do tratamento a mudança no F, Ca e Pi não foi estatisticamente significante, mas a concentração de PI mudou significativamente. A hipótese foi rejeitada porque a mudança na concentração de F, Ca e Pi não é devida à fermentação da sacarose.
