Resumo
No processo de identificação humana, a análise do forame magno apresenta resultados controversos para estimativa do sexo. O presente estudo teve como objetivo analisar as variáveis morfométricas do forame magno em crânios adultos brasileiros para estimação sexual. A amostra foi composta por 100 crânios (53 sexos masculino e 47 sexo feminino) pertencentes a coleção osteológica documentada do Instituto de Ensino e Pesquisa em Ciências Forenses. A medida do protocolo foi constituída por duas medidas lineares: comprimento máximo do forame magno e largura máxima do forame magno e duas fórmulas para calcular a área, método um (M1) e método dois (M2). As estatísticas descritivas evidenciaram diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) para todas as variáveis. As funções discriminantes univariadas apresentaram uma porcentagem de acerto entre 56,0-62,0% e a análise multivariada mostrou uma porcentagem de acerto entre 60,0-65,0%. A análise da curva ROC apontou que M2 é o melhor parâmetro para estimar o sexo (AUC=0,693). Uma tabela de referência para brasileiros que utilizam os parâmetros do forame magnum foi desenvolvida com base nos resultados da análise da curva ROC. Em conclusão, o foram e magnum deve ser usado com precaução para estimar o sexo em casos forenses de cranio fragmentado, devido à precisão limitada.