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Etnologia indígena na Alemanha: do legado bastiano até o cenário atual

Americanist ethnology in Germany: From Bastian’s legacy to the present situation

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar e explicar a conceituação, o surgimento e as transformações da etnologia indígena no contexto de um país que nunca teve colônias ultramarinas nas Américas. Na etnologia alemã, que pode ser considerada uma antropologia ex-hegemônica, a etnologia indígena se manifesta tradicionalmente em vários americanismos com especializações regionalistas. O argumento principal é de que suas transformações históricas só se tornam mais inteligíveis quando conectadas com o contexto mais abrangente da disciplina na Alemanha desde o final do século XIX. No decorrer de quase um século e meio, podem ser constatadas transformações profundas nas relações com as antropologias latino-americanas: inicialmente, uma posição hegemônica (até a década de 1930), depois, um declínio considerável até uma relativa invisibilidade, mas, a partir da década de 1970, uma crescente influência temática e teórica latino-americana que permite diagnosticar uma inversão nas relações tradicionalmente assimétricas entre uma antropologia europeia e as diversas antropologias latino-americanas.

Palavras-chave
Etnologia alemã; Americanismos; História da antropologia

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