Resumo
Ao questionar o paradigma jesuítico fundante no Museu das Missões, a presente análise discute o não lugar indígena na exposição de longa duração lotada no pavilhão Lúcio Costa, de modo que se possa pensar aquele acervo como integrante dos patrimônios indígenas nacionais. Para tal, a partir de abordagem etno-histórica e etnomuseológica interessada na democratização de acervos, o estudo analisa a produção, a forma, o conteúdo e o consumo da imaginária missional ao tempo das missões indígeno-jesuíticas. Ao fim, levantam-se possibilidades sobre as implicações que esta abordagem pode trazer ao Museu das Missões, a partir das comemorações dos 80 anos desta instituição, propondo uma ressignificação de seu acervo e um redimensionamento da relação estabelecida com a população Mbyá Guarani contemporânea.
Palavras-chave
Etnomuseologia; Etno-história; Indígenas; Guarani; Jesuítas; Missões