Silva e colaboradores; 2015. Conhecimento de estudantes de medicina sobre o testamento vital
|
Aferir a compreensão dos estudantes de medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA) acerca do TV e das decisões envolvendo o final da vida. |
Estudo descritivo de corte transversal e natureza qualiquantitativa; entrevistou estudantes (n=238) por meio de questionário com dez questões. |
Documento redigido por uma pessoa em pleno gozo de suas faculdades mentais, cuja finalidade é especificar os cuidados, tratamentos e procedimentos aos quais ela deseja ou não ser submetida quando, afetada por doença grave e estiver impossibilitada de manifestar livremente sua vontade. |
Apenas 8% dos estudantes demonstraram ter uma noção clara sobre o significado do termo “testamento vital”. Apesar disso, após ouvirem a definição das DAV fornecida pelos pesquisadores, 92% deles declararam que respeitavam o previsto no testamento vital. |
Moreira e colaboradores; 2017. Testamento vital na prática médica: compreensão dos profissionais
|
Estudar a opinião de médicos residentes acerca da inserção das DAV do paciente ou TV na prática médica. |
Estudo exploratório de natureza qualitativa em que foram entrevistados 36 médicos. |
Documento que expressa os tipos de tratamento que o paciente deseja receber de profissionais de saúde e cuidadores durante estágio terminal de vida, registrado com lucidez mental e completa autonomia para deliberar sobre si mesmo, e ainda com qualidade de vida preservada. |
A maioria dos médicos entrevistados acredita que o TV é um instrumento capaz de garantir uma morte digna. Dessa forma, defende a criação de dispositivos legais que regulamentem a utilização formal no Brasil. |
Comin e colaboradores; 2017. Percepção de pacientes oncológicos sobre a terminalidade da vida
|
Analisar a percepção de pacientes oncológicos diante da terminalidade da vida. |
Estudo descritivo, com aplicação de questionário para pacientes oncológicos (n=100). |
Documento que registra os desejos de como pessoas enfermas gostariam de ser tratadas em condições de terminalidade de sua vida, permitindo que ela mesma conduza seu processo de morte e tenha dignidade nesse momento. |
85% dos participantes desconheciam TV/DAV, 81% desconheciam cuidados paliativos e 70% desconheciam a ordem de não reanimar. Foi verificada a necessidade de incentivar a discussão sobre terminalidade durante a assistência aos pacientes. |
Gomes e colaboradores; 2018. Diretivas antecipadas de vontade em geriatria
|
Avaliar o entendimento de acompanhantes de idosos, professores e alunos de medicina sobre a definição e implementação das DAV. |
Estudo descritivo de corte transversal, de natureza quantitativa, no qual foram entrevistados acompanhantes de idosos (n=66), professores (n=60) e alunos de medicina (n=72). |
As DAV representam a vontade do paciente de se sujeitar a tratamento médico, por meio do TV e do mandato duradouro. |
Os acompanhantes dos idosos mostraram-se o grupo com menos conhecimento acerca do tema. 40% dos entrevistados demonstraram intenção de registrar DAV, sendo a maioria alunos aos quais o conceito foi apresentado. |
Scottini e colaboradores; 2018. Direito dos pacientes às diretivas antecipadas de vontade
|
Investigar o conhecimento que pacientes com doenças terminais tinham sobre seu diagnóstico, prognóstico e a possibilidade de registrar seus desejos no final de vida sob a forma de DAV. |
Estudo transversal e descritivo de natureza qualiquantitativa, realizado com pacientes (n=55) diagnosticados com doenças terminais. |
Documento que registra os desejos de como pessoas enfermas gostariam de ser tratadas em condições de terminalidade de sua vida, permitindo que ela mesma conduza seu processo de morrer e tenha dignidade nesse momento único de sua existência. |
Constatou que a maioria dos pacientes com funções mentais preservadas tem bom conhecimento do diagnóstico da doença (95%), mas parte significativa destes (69%) nunca foram orientados pelos profissionais de referência a efetuarem suas DAV. |
Chaves e colaboradores; 2021. Cuidados paliativos: conhecimento de pacientes oncológicos e seus cuidadores
|
Verificar a percepção sobre cuidados paliativos, DAV e ordem de não reanimar de pacientes oncológicos e seus cuidadores, bem como a relação destes com os profissionais de saúde. |
Estudo descritivo, de caráter quantitativo, realizado com pacientes oncológicos (n=100) e cuidadores (n=100) por meio da aplicação de formulário. |
As DAV são um conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade. |
Apesar da maior parte dos pacientes e cuidadores referirem bom apoio médico, a maior parte deles desconhece termos como “Cuidados Paliativos” (78%), “ordem de não reanimar” (85%) e “testamento vital” (96%). |
Dias e colaboradores; 2022. Advance care planning and goals of care discussion: the perspectives of Brazilian oncologists
|
Explorar as dificuldades dos oncologistas brasileiros na elaboração das DAV. |
Estudo transversal com abordagem quantitativa e qualitativa foi desenvolvido para identificar as barreiras dos oncologistas brasileiros para discutir metas de cuidado e DAV. |
As DAV são um instrumento que possibilita o respeito à autonomia do paciente. Envolve a exploração dos valores, crenças e o que é mais importante para cada pessoa: garantir a concordância entre o atendimento clínico recebido e os desejos do paciente. |
A identificação de barreiras que limitam a discussão das DAV e encaminhamentos precoces para cuidados paliativos pode, certamente, ajudar a priorizar os próximos passos para estudos futuros e ajudar médicos a fornecer melhor suporte a seus pacientes, por meio de uma tomada de decisão compartilhada com base em valores e experiências. |
Fusculim e colaboradores; 2022. Diretivas antecipadas de vontade: amparo bioético às questões éticas em saúde
|
Analisar o contexto atual de implementação das DAV no Brasil a partir da percepção dos participantes. |
Estudo exploratório, transversal, de abordagem quantitativa, com participação de médicos (n=90) e enfermeiros (n=51). |
Envolvem a compreensão de valores, crenças e do que é mais importante para cada pessoa: garantir a concordância entre o atendimento clínico recebido e os desejos do paciente. |
Os profissionais com formação em cuidados paliativos apresentaram maior conhecimento das DAV e maior facilidade em aceitá-las e implementá-las. Dentre aqueles que responderam ter receio de aplicar as DAV, a maioria referiu que essa preocupação está relacionada a questões legais, e os demais, a questões éticas. |