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Caracterizar como os usuários discutem o tópico “aborto espontâneo” e “nascimentos prematuros” no Twitter, analisar tendências e motivações e descrever o estado da percepção emocional de mulheres que sofreram aborto espontâneo. |
Estudo descritivo-exploratório, de abordagem qualitativa. Obtidas 291.443 postagens em inglês (de 138.658 usuários) de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. |
Foram identificados e combinados os principais tópicos de discussão, resultando em oito grupos. Para cada grupo de tópicos, foram selecionados dois tuítes como amostra. No grupo “Política” encontra-se um tuíte com o seguinte conteúdo: “É horrível que eles classifiquem isso como um aborto tardio e, portanto, não há certidão de nascimento/óbito. Essa lei precisa ser mudada!”. |
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Explorar experiências de saúde de pais cujo bebê morreu antes, durante ou logo após o nascimento, a fim de identificar meios práticos de melhorar a prestação de cuidados de saúde. |
Estudo qualitativo por meio de análise de entrevistas narrativas de 38 pais: 10 pares de pais e 18 mães. |
Pais relatam a diferença entre receber um papel informal afirmando a morte de seu filho e um documento oficial declarando óbito. Para os pais, enquanto a informalidade do hospital os lesiona e os insulta, pois mostra que não há um documento capaz de formalizar a situação, o documento oficial confirma que eles foram pais e valida o nascimento de seus bebês, além de ser importante na criação de memórias que auxiliam na superação do luto. |
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Identificar como os homens vivenciam o luto após a perda de gravidez e a perda neonatal e os fatores e/ou preditores que contribuem para o luto dos homens. |
Revisão sistemática de uma amostra final de 46 artigos publicados entre 1998 e outubro de 2018. |
Pais revelam que rituais, objetos simbólicos e compartilhamento de memórias ajudam a estabelecer conexões com o filho perdido. |
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Explorar a experiência geral de aborto espontâneo dos homens e o apoio recebido ou ausente tanto dos profissionais de saúde quanto das redes sociais. |
Estudo qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas de 10 homens australianos. |
Pais afirmam que a certidão de óbito confirma que a perda realmente aconteceu e que, apesar de ser apenas um papel pequeno, ajuda na criação de um memorial para o filho perdido, bem como a enfrentar o luto. |
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Explorar a experiência de mulheres após o aborto espontâneo com vistas a conscientizar a comunidade em seu entorno sobre suas necessidades de apoio emocional. |
Estudo qualitativo por meio de entrevistas de 15 mulheres. |
Algumas mulheres relataram a falta de algum tipo de memorial para seu bebê e o sentimento de que ele realmente não existiu para mais ninguém. |
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Avaliar a qualidade do atendimento de mulheres em caso de diagnóstico de morte intrauterina ou “anomalias fetais limitantes da vida” e avaliação comparativa com outros países. |
Estudo descritivo transversal por meio de questionário de autopreenchimento on-line aplicado a 796 mulheres que tiveram morte fetal intrauterina entre 16 semanas e o nascimento, também por aborto espontâneo tardio, natimorto ou interrupção da gravidez por motivos médicos. |
Em 35,8% dos casos, as famílias não tiveram escolha ou foi negada qualquer possibilidade de fazer enterro privado ou cremação, com forte correlação com a idade gestacional do feto (em 70,1% dos casos, inferior a 26 semanas), em desacordo com a legislação espanhola, a qual assegura aos pais o poder de decisão sobre o destino do corpo do feto, independentemente da idade gestacional. |
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Explorar as experiências de quem experimentou o aborto espontâneo, com foco no relato de homens e mulheres. |
Estudo qualitativo – quadro fenomenológico – com foco no relato de 16 participantes (10 mulheres e 6 homens). |
Reconhecer a perda do filho por meio de rituais foi importante para marcar ou lembrar-se do filho. Um desses rituais para os pais foi um funeral ou cerimônia semelhante. |