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Potencial de compostos marinhos no tratamento de doenças neurodegenerativas: uma revisão

Resumo

As doenças neurodegenerativas (ND) são caracterizadas, especialmente, pela perda progressiva de neurônios, resultando em disfunções neuropsicomotoras. Mesmo apresentando uma alta prevalência, as DN são tratadas com medicamentos que aliviam os sintomas dos pacientes, mas que desenvolvem eventos adversos e ainda não inibem a progressão da doença. Assim, dentro de uma nova perspectiva farmacológica, esta revisão teve como objetivo verificar o potencial terapêutico de compostos naturais de origem marinha frente às DN. Para tal, foi realizada uma revisão integrativa, segundo a metodologia PRISMA que compreendeu etapas como: busca, pré-seleção e inclusão dos artigos. Os resultados descritos revelaram espécies como, Acaudina malpodioides, Holothuria scabra e Xylaria sp., que apresentaram importantes evidências em relação ao Alzheimer, reduzindo a geração de ROS, apresentando efeitos neuroprotetores e reduzindo a concentração de peptídeo Aβ. Sobre a doença de Parkinson (PD), outro exemplo de ND, os compostos bioativos da Holothuria scabra e da Xylaria sp., mostraram ser capazes de diminuir a degeneração de neurônios dopaminérgicos, reduzir a deposição de alfa sinucleína e reduzir a formação de agregados da proteína Huntingtina mutante (Mhtt). Os outros compostos marinhos e substâncias bioativas também são descritos nesta revisão. Em conclusão, os estudos avaliados indicam que os compostos de origem marinha despontam como uma promissora fonte de compostos bioativos, revelando um importante potencial terapêutico para o tratamento das ND.

Palavras-chave:
composto marinho; doenças neurodegenerativas; neuroprotetor

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