Acessibilidade / Reportar erro

Patógenos e microorganismos presentes na ostra nativa C. gasar cultivada em ambiente estuarino do Nordeste do Brasil

Resumo

Os estuários são ecossistemas importantes devido a serviços ecológicos que fornecem, os quais conferem a função de berçário para muitas espécies de peixes e invertebrados, e também são utilizados como ambientes de extração e cultivo de moluscos. As ostras são animais que filtram a água para obtenção de oxigênio e nutrientes. Nesse processo podem bioacumular microorganismos e substâncias químicas em seus tecidos. O crescimento da malacocultura no Nordeste do Brasil fomenta a necessidade de identificar a sanidade das ostras cultivadas através da quantificação da microbiota potencialmente nociva acumulada nos animais. Portanto o presente trabalho visa quantificar e identificar bactérias e possíveis patógenos encontrados nos tecidos dos moluscos cultivados e nas suas águas de cultivo. O Número mais Provável de Coliformes (NMP) nas ostras e na água foram considerados próprios segundo as legislações vigentes, Vibrio sp. obteve baixa colonização e Salmonella sp. não foi observada. A prevalência de microorganismos potencialmente patógenos para as ostras foi de 33,7%, destacando como mais prevalentes os metazoários e Nematopsis sp., porém a intensidade da infestação desses organismos foi moderada. A baixa contaminação das ostras demonstra que este ambiente de cultivo é promissor para esta atividade. No entanto, o contínuo monitoramento ambiental e sanitário é fundamental para garantir a inocuidade das águas de cultivo e a sustentabilidade das atividades aquícolas.

Palavras-chave:
sanidade ambiental; malacocultura; parasitas; coliformes

Instituto Internacional de Ecologia R. Bento Carlos, 750, 13560-660 São Carlos SP - Brasil, Tel. e Fax: (55 16) 3362-5400 - São Carlos - SP - Brazil
E-mail: bjb@bjb.com.br