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Toxicidade de extratos de Mucura (Petiveria alliacea) da Amazônia peruana frente a Daphnia magna para a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável

Resumo

A utilização de produtos naturais, especificamente extratos vegetais com atividade biológica e capacidade de atuar como biopraguicidas botânicos, é muitas vezes erroneamente considerada não tóxica. Evidências científicas demonstram o contrário e por isso o objetivo deste trabalho consistiu na avaliação da toxicidade de extratos obtidos de Petiveria alliacea L. (Caryophyllales, Phytolaccaceae) com a utilização de Daphnia magna Straus (Cladocera, Daphniidae) como bioindicador, que permitiu descartar os extratos vegetais e as respectivas concentrações que apresentaram maior toxicidade. As folhas de P. alliacea foram coletadas na Amazônia peruana. A partir deste material, foram preparados três tipos de extrato − hexânico, etanólico e aquoso −, que foram utilizados nos bioensaios com D. magna a fim de encontrar o extrato menos tóxico. Os bioensaios de toxicidade aguda com D. magna durante 48 h de exposição aos extratos hexânico, etanólico e aquoso permitiram estabelecer os valores da Concentração Letal Média (CL50) de 26,9; 230,6 e 657,9 mg L-1, respectivamente. O extrato aquoso apresentou a menor toxicidade, causando percentuais mínimos de mortalidade de D. magna na faixa de 6,7 a 13,3% nas concentrações de 10 e 100 mg L-1. Estes resultados possibilitam o uso eficiente das espécies vegetais de forma sustentável e com mínimo impacto ambiental para o futuro desenvolvimento de produtos naturais para controle de pragas.

Palavras-chave:
bioensaio; praguicida botânico; Daphnia magna; CL50; toxicidade

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