Resumo
O crescimento populacional aliado à necessidade de energia elétrica resultou na construção de centenas de usinas hidrelétricas no estado de São Paulo, Brasil. A consequência dessas intervenções foi a fragmentação dos rios, formando barreiras, que dificultam a mobilidade das espécies de peixes migradores, gerando impacto no ciclo de vida dessas espécies, principalmente no que diz respeito à movimentação entre áreas de reprodução e alimentação. Por esse motivo, objetivou-se atraves desse artigo avaliar o estado da arte do conhecimento a cerca dos barramentos, trechos livres e espécies migradoras nas três principais bacias hidrográficas do estado de São Paulo e seus tributários. Através de uma revisão sistemática do periodo de 2003 a 2023 foram obtidos 89 artigos, sendo 48 sobre barramentos, 5 que abordavam sistemas de transposição de peixes e 36 retratando as espécies migradoras. Na primeira metade as pesquisas focaram mais os impactos dos barramentos na ictiofauna, enquanto que na segunda metade do período estudado, estudos dos peixes migradores foram dominantes. A maioria das pesquisas foram conduzidas nos rios principais, sendo poucas nos trinutários. E por fim 16 espécies migradoras, consideradas de longa distância foram estudadas, sendo que as mais estudadas foram P. lineatus, P. maculatus, L. friderici, M. obtusidens and S. hilarri e as que ocorreram com maior frequência nos rios são Prochilodus lineatus, Pimelodus maculatus, Megaleporinus obtusidens and Salminus hilarii. Assim, recomendamos a manutenção do regime de fluxo natural ainda existente nos principais rios e tributários do estado de São Paulo, para manter populações saudáveis of migratory species inventoried.
Palavras-chave:
fragmentação de rios; afluentes; rios livres; migração de peixes