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Propriedades biomédicas, caracterização de espécies de algas marinhas e atividade antimicrobiana

Resumo

Os organismos marinhos produzem uma variedade de compostos com atividades farmacológicas. Para melhor compreender o valor medicinal de cinco ordens específicas de algas marinhas – Ulvales (Ulva intestinalis), Bryopsidales (Codium decorticatum), Ectocarpales (Iyengaria stellata), Dictyotales (Spatoglossum aspermum) e Gigartinales (Hypnea musciformis) –, o objetivo desta investigação foi fazer uma análise bioativa, incluindo a triagem de componentes fitoquímicos, atividades antioxidantes e antimicrobianas. As espécies U. intestinalis foram coletadas em Sandspit, enquanto C. decorticatum, I. stellata, S. aspermum e H. musciformis foram coletadas em Buleji. Estas espécies foram avaliadas quanto à sua capacidade de inibir os patógenos Gram-positivos infecciosos humanos Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis, bem como as bactérias Gram-negativas Escherichia coli. Além disso, o patógeno vegetal Fusarium oxysporum e os patógenos de frutas Aspergillus niger e Aspergillus flavus foram avaliados para determinar a zona de inibição. Dois solventes orgânicos, etanol e metanol, foram utilizados para preparar o extrato de algas marinhas. O método de difusão em disco foi utilizado para quantificar a zona de inibição, e o método DPPH foi empregado para medir a atividade antioxidante. O estudo revelou vários fitoconstituintes nas algas testadas, com flavonoides, taninos e proteínas encontrados em todas as espécies selecionadas, enquanto saponinas, terpenoides e carboidratos estavam ausentes em I. stellata e S. aspermum. Notavelmente, os extratos etanólicos de I. stellata e S. aspermum demonstraram maior atividade antioxidante, com percentagens crescentes de inibição de 1 a 6 mg/ml. Além disso, os resultados indicaram que o extrato etanólico de U. intestinalis apresentou a maior resistência contra F. oxysporum e A. flavus, entre outras algas marinhas. Enquanto isso, o extrato etanólico de C. decorticatum teve maior resistência contra A. Niger. Além disso, o extrato etanólico de I. stellata e H. musciformis apresentou a maior resistência contra as bactérias Gram-negativas E. coli e as bactérias Gram-positivas S. epidermidis, enquanto o extrato metanólico de U. intestinalis demonstrou a maior resistência contra a bactéria Gram-positiva S. aureus. Os resultados desta investigação mostram que uma série de compostos bioativos com propriedades antioxidantes está envolvida nas atividades antimicrobianas de patógenos causadores de doenças.

Palavras-chave:
fitoquímicos; antioxidante de algas marinhas; atividade antimicrobiana

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