Resumo
Os tubarões do gênero Sphyrna estão sob intensa exploração em todo o mundo. No litoral norte do Brasil, esse gênero representa grande proporção dos desembarques pesqueiros e compreende quatro espécies. Porém, devido à dificuldade de identificação específica no momento do desembarque dos espécimes, a maioria dos registros limita-se ao nível do gênero. Aqui analisamos a eficácia do protocolo baseado no comprimento de fragmentos de ITS2 (Abercrombie et al., 2005) para identificar espécies de tubarão-martelo, comparando com a análise das sequências COI e ITS2. Foram avaliadas amostras de tecido muscular adquiridas nos principais portos pesqueiros do Maranhão: Carutapera, Raposa e Tutóia. A amostragem foi realizada entre março de 2017 a março de 2018 e complementada com material depositados em coleção (2015). Os resultados do COI indicaram a ocorrência de espécies ameaçadas cujo desembarque é proibido. Estes incluem Sphyrna mokarran (67%), S. lewini (15%), S. tudes (3%) e S. tiburo (15%). Para o marcador ITS2, investigamos a otimização do protocolo desenvolvido por Abercrombie (2005) para melhorar o uso nesta área geográfica através do desenho de novos primers.
Palavras-chave:
Elasmobranchii; Sphyrnidae; COI; ITS2; identificação forense