Resumo
A técnica de amostragem terrestre de populações do bicudo-do-algodoeiro é cara e ineficiente em grandes áreas, mas pode ser mais barata e mais eficiente sem envolver a manipulação dos botões florais de algodoeiros. O objetivo deste estudo foi desenvolver uma técnica de amostragem de botões florais de algodoeiros, baseada na observação de brácteas abertas e/ou amarelecidas, para determinar a necessidade de controle químico do bicudo em lavouras de algodão. O primeiro experimento teve por objetivo estimar a razão entre o número de botões florais de algodoeiros com brácteas abertas e/ou amarelecidas e o daqueles com orifícios de oviposição. O segundo experimento teve por objetivo determinar a eficiência do controle químico do bicudo por meio da amostragem de botões florais de algodoeiros com brácteas abertas e/ou amarelecidas. A razão entre o número de brácteas abertas e/ou amarelecidas e o de botões florais de algodoeiros com orifícios de oviposição foi de 2:1. O nível de controle, baseado na amostragem de algodoeiro com brácteas abertas e/ou amarelecidas, foi de 5%. A eficiência do inseticida químico utilizando esse limiar econômico contra o bicudo não diferiu daquela baseada na amostragem de plantas de algodão com 10% de botões florais com orifícios de oviposição por fêmeas desse inseto. O controle químico do bicudo-do-algodoeiro pode ser realizado a partir de amostragens de brácteas abertas e/ou amarelecias em plantas de algodoeiro.
Palavras-chave:
Anthonomus grandis; amostragem de pragas; limiar de controle; praga de algodão