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Biodegradação e redução da toxicidade do corante Azo Trypan Blue por Cepas amazônicas de fungos gasteroides (Basidiomycota)

Resumo

Cepas amazônicas de Cyathus spp. e Geastrum spp. foram estudadas quanto a capacidade de descolorir o corante azo Azul de tripano e reduzir sua toxicidade. Foi avaliada a descoloração do corante Azul de tripano (0,05%) em meio sólido e aquoso sob diferentes períodos de tempo. A redução da toxicidade do corante após o tratamento foi avaliada através da germinação de sementes e do desenvolvimento de plântulas de alface (Lactuca sativa L.), além do teste de toxicidade em larvas de Artemia salina (L.). Todas as cepas avaliadas apresentaram potencial de reduzir a intensidade da coloração do corante azul de tripano. As cepas de Cyathus alcançaram 96% de descoloração, sendo que C. albinus e C. limbatus também reduziram a toxicidade do corante. As cepas de Geastrum apresentaram alto grau de eficiência na redução de cor, alcançando 98% de descoloração, porém, os subprodutos gerados durante o processo apresentaram toxicidade e necessitam de maior atenção. Pela primeira vez se relata cepas amazônicas de fungos gasteroides degradando o Azul de tripano, algumas ainda reduzindo sua toxicidade, tornando-as fontes promissoras de enzimas de interesse em cenários de biorremediação envolvendo corantes sintéticos.

Palavras-chave:
fungos ninho-de-pássaro; Cyathus; descoloração de corante; fungos estrela-da-terra; Geastrum

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