Galhas de insetos do Horto Botânico do Museu Nacional (Rio de Janeiro, RJ, Brasil)

Resumo

O Horto Botânico do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ, Brasil) foi investigado mensalmente de outubro, 2017 a dezembro, 2019 em busca de galhas de insetos. O material-testemunha foi depositado na Coleção de Entomologia do Museu Nacional (MNRJ)/Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nós encontramos 13 morfotipos de galhas de insetos em nove espécies de plantas hospedeiras de quatro famílias. Todas as plantas hospedeiras são nativas do Brasil, exceto Ficus microcarpa L.f. (Moraceae), que é naturalizada. Myrtaceae e Moraceae foram as famílias vegetais com a maior riqueza de morfotipos de galhas. Eugenia L. (Myrtaceae) e Ficus L. (Moraceae) foram os gêneros com maior número de morfotipos de galhas. Em vários inventários na Mata Atlântica, Myrtaceae e Eugenia destacam-se por apresentar uma grande variedade de galhas, enquanto Moraceae e Ficus nunca se destacaram por tal razão. A maioria das plantas mencionadas no presente estudo já eram conhecidas como hospedeiras de insetos galhadores no Brasil. Contudo, esta é a primeira vez que galhas de insetos são registradas em Ficus crocata (Miq.) Miq. (Moraceae). Nós encontramos dois novos morfotipos de galhas em Eugenia florida DC. (Myrtaceae). Folhas, caules e gemas foram os órgãos hospedeiros de galhas. Cecidomyiidae foram os indutores mais frequentes. Galhas de Thysanoptera também foram encontradas. Nós identificamos cinco espécies cecidógenas, três pertencentes a Cecidomyiidae (Diptera) e duas a Thysanoptera. Inquilinos foram observados em galhas foliares em Eugenia florida. Eles promoveram diferenças na morfologia da galha e mataram a larva indutora.

Palavras-chave:
Cecidomyiidae; indutores de galhas; plantas hospedeiras; interação inseto-planta; Thysanoptera