Resumo
A casca da bacaba (Oenocarpus bacaba Mart.) corresponde a 15% de seu fruto sendo rica em compostos antioxidantes com potencial aplicação no desenvolvimento de produtos. Na nanotecnologia, formulações emulsionadas como as nanoemulsões destacam-se por fornecer a liberação modificada e melhorar a biodisponibilidade das substâncias veiculadas. O objetivo do trabalho foi desenvolver sistemas nanoemulsionados a partir do óleo de baru contendo extrato hidroalcóolico de casca de bacaba (BPE), avaliar sua estabilidade e potencial atividade antioxidante. Após a determinação do EHL (Equilíbrio hidrófilico-lipófilico) do óleo de baru, 32 formulações foram desenvolvidas variando as proporções de tensoativos, fase aquosa e do óleo de baru, sendo que 16 formaram sistemas emulsionados e aos com maior quantidade de óleo (20%) incorporou-se o BPE, preparado em álcool 70% (m/v) na proporção de 1:2 (m/v). Os sistemas foram submetidos aos ensaios de estabilidade para verificar sua viabilidade e, após isso, determinaram-se as características reológicas, diâmetro hidrodinâmico das gotículas, índice de polidispersão, potencial zeta e o potencial antioxidante pelos métodos de eliminação dos radicais DPPH e ABTS+. Após os estudos, 2 amostras mantiveram-se estáveis e apresentaram perfil não-Newtoniano pseudoplástico com tixotropia, diâmetro hidrodinâmico inferior a 200 nm monodispersividade e potencial zeta negativo. O BPE apresentou potencial antioxidante, com atividade superior quando incorporado ao sistema nanoemulsionado. Uma correlação negativa entre os dois métodos foi verificada, o que demonstraram o mesmo perfil de potencial atividade antioxidante para o extrato e formulações. A formulação desenvolvida mostrou que o aproveitamento do BPE é uma alternativa viável para o desenvolvimento novos produtos baseados em tecnologias sustentáveis.
Palavras-chave:
potencial antioxidante; dipteryx alata vog.; nanotecnologia; oenocarpus bacaba mart.; estabilidade
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