Resumo
O potencial terapêutico das plantas medicinais é conhecido como alternativa para o tratamento das afecções humanas. Com efeito, a aplicação convencional dessas fontes medicinais apresenta diversas limitações, como baixa biodisponibilidade, solubilidade e estabilidade, que afetam sua eficácia farmacológica. Nas últimas décadas, avanços extraordinários foram feitos em novos sistemas de liberação de fármacos usando nanocarreadores. Este trabalho consistiu na determinação da atividade antifúngica in vitro do extrato metanólico de Euphorbia tirucalli, formulado em nanopartículas poliméricas. A atividade antifúngica foi determinada pelo método de microdiluição em microplacas de 96 poços, aplicando-se nanopartículas carregadas com extrato vegetal (NP-Ext) obtido por nanoprecipitação sobre isolados clínicos de Trichophyton rubrum e Trichophyton interdigitalis. Em relação às nanopartículas, os lotes utilizados não apresentaram diferenças significativas em suas características físico-químicas, com tamanho de 91,885 ± 1,621 nm, índice de polidispersão de 0,152 ± 0,025 e potencial Z de -6,047 ± 0,987. A quantificação do extrato na matriz polimérica foi determinada por espectroscopia de infravermelho (FT/IR), em que foram obtidas eficiência e porcentagem de encapsulamento de 22,15 ± 0,82 e 2,95 ± 0,11, respectivamente. A atividade antifúngica in vitro do extrato bruto e formulado foi calculada por meio da Concentração Inibitória Mínima (CIM) de cada um. Obteve-se uma CIM de 125 µg/mL contra T. rubrum e T. interdigitalis com o extrato bruto, enquanto o valor de CIM com NP-Ext contra estes mesmos fungos foi de, respectivamente, 55,55 e 0,1 µg/mL. Conclusões: a atividade biológica está intimamente ligada ao perfil fitoquímico do extrato, enquanto a melhora desse potencial com o NP-Ext com a forma farmacêutica esteve diretamente relacionada às características físico-químicas do nanocarreador.
Palavras-chave:
dermatophytes; eudragit; antidermatófito; nanoformulado
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