Resumo
Um dos grandes limitantes no manejo adequado de plantas daninhas é a falta de conhecimento acerca da biologia das espécies. Assim sendo, objetivou-se entender a influência da temperatura e luz na germinação e emergência de Commelina benghalensis e Richardia brasiliensis, bem como a influência da profundidade de enterrio no solo e da presença de cobertura vegetal. O experimento sobre influência da luz e temperatura na germinação foi conduzido em esquema fatorial 2x4, com duas condições de luminosidade (presença por 12 horas e ausência por 24 horas) e quatro temperaturas alternas a cada 12 horas (20-25 ºC, 20-30 ºC, 20-35 ºC e 15-35 ºC), com quatro repetições. O segundo experimento, foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, com 7 profundidades de semeadura (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 6,0; 10,0 cm) no solo de textura argilosa. No terceiro experimento, a palhada de milheto, aveia preta e crotalária foram colocadas sobre a superfície do vaso, onde foram semeadas as plantas daninhas. A R. brasiliensis apresentou altas taxas de germinação em 15°-35°C e presença de luz, indicando fotoblastismo positivo, pois na presença de luz a porcentagem de germinação foi de 63,50% e sem luz foi de 1%. A C. benghalensis apresentou maiores taxas de germinação na alternância 20-35ºC, apresentando porcentagem de germinação de 46,5% no tratamento com luz e 44% com a ausência de luz. R. brasiliensis apresentou maior porcentagem de germinação na profundidade de 0,5 cm, com 72,50%. A C. benghalensis apresentou melhor germinação na profundidade de 1 e 4 cm com 48,33 e 49,16%, respectivamente. A crotalaria e milheto provocaram grande inibição da germinação de ambas as plantas daninhas. R. brasiliensis e C. benghalensis apresentam maior germinação de sementes em temperaturas alternadas, sendo fotoblástica positiva e neutra, respectivamente. Profundidades de semeadura maiores influenciam negativamente na germinação e os adubos verdes crotalaria e milheto podem ser utilizados na supressão destas plantas daninhas.
Palavras-chave:
biologia; manejo; germinação; emergência; profundidade de semeadura