O trabalho teve como objetivo estudar a variação morfológica do testículo, visando promover a seleção e o controle genético de exemplares que apresentem produção espermática apreciável ao longo do ano. A morfologia testicular de perdiz Rynchotus rufescens foi avaliada, analisando o peso do testículo, o diâmetro dos túbulos seminíferos, a espessura do epitélio seminífero, o número de figuras de meiose e a espessura da túnica albugínea. Foram utilizados 60 machos de perdizes, divididos em 12 grupos, sendo que um grupo por mês teve os testículos coletados para a rotina histológica e foram corados pela técnica de Hematoxilina-Eosina. Para a análise dos cortes histológicos, foram realizadas medidas morfométricas, com o auxílio de um Analisador de Imagem e os dados encontrados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey. Baseado nas modificações histológicas do epitélio seminífero e na análise morfométrica, a morfologia testicular da perdiz pôde ser dividida em quatro fases sucessivas ao longo do ano. A fase reprodutiva ocorreu na primavera, caracterizando-se pelo completo processo de espermatogênese. A fase de regressão aconteceu no verão, ocorrendo involução do epitélio seminífero. No outono ocorreu a fase de repouso, com a presença de espermatogônias e alguns espermatócitos em início de meiose, já a fase de recrudescência da perdiz aconteceu no inverno, com a recuperação do epitélio seminífero e ausência de espermatozóides. Em conclusão, as características analisadas revelaram uma variação durante o ano, com maior produção de espermatozóides na primavera e menor produção no inverno.
espermatogênese; perdiz; ciclo