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Inventário revela espécies não nativas e variação na dinâmica espaço-temporal da comunidade de peixes em uma área protegida brasileira

Resumo

O aumento do número de áreas protegidas brasileiras tem sido progressivo e, embora seja essencial para a conservação da biodiversidade, é importante o monitoramento e o manejo adequado dessas áreas, já que apresentam diversos casos de invasões biológicas. Os Lençóis Maranhenses constituem o peculiar delta das Américas e estão sob as consequências da bioinvasão de tilápias e tucunarés. Foram realizadas coletas no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses no período de março/2016 a novembro/2020, com o auxílio de redes de emalhe e tarrafas. As especies foram identificadas com o auxilio de literatura especializada e uma comparacao historica com trabalhos anteriores foi realizada. O Citocromo oxidase subunidade I foi sequenciado para confirmar a identificação das espécies não nativas. Registramos a expansão da ocorrência de Oreochromis niloticus, e o primeiro registro das espécies Oreochromis mossambicus e Cichla monoculus. Um total de 31 espécies pertencentes a oito ordens, dezoito famílias e vinte e nove gêneros foram identificadas, indicando uma defasagem na diversidade de espécies encontradas em relação a estudos anteriores. Após 20 anos do primeiro registro de peixes invasores, constata-se a expansão da bioinvasão e novos casos que assinalam ausência de monitoramento e de medidas de contenção para as espécies indicando a fragilidade na conservação da área

Palavras-chave:
Parque Nacional; Cichlidae; peixes neotropicais; riqueza de espécies

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