Acessibilidade / Reportar erro

Avaliação da toxicidade aguda da carbamazepina no berbigão Cerastoderma edule por meio de ferramentas químicas, fisiológicas e bioquímicas

Resumo

O berbigão Cerastoderma edule foi exposto a quatro concentrações (5, 10, 20 e 70 μg L-1) de carbamazepina (CBZ). Este anticonvulsivante alterou o comportamento do mexilhão, reduzindo sua taxa de depuração (CR). A análise do acúmulo de CBZ nos tecidos de C. edule foi realizada por HPLC-UV após 48 ou 96 horas de exposição. Além disso, uma superprodução de H2O2 pelos bivalves foi detectada após a exposição à CBZ, mas os níveis de nitrito permaneceram inalterados. Além disso, as atividades de superóxido dismutase e catalase apresentaram aumento significativo em relação ao contato com CBZ. A atividade da enzima de biotransformação glutationa-S-transferase não se alterou durante a exposição. Os níveis de malondialdeído (MDA), indicando dano celular, aumentaram quando os bivalves foram expostos a 20 e 70 μg l-1 de carbamazepina por 96 h CBZ. Os resultados também indicam que a atividade da acetilcolinesterase (AChE) foi inibida em todas as concentrações de CBZ durante o período de exposição de 48 horas. No entanto, durante o período de exposição de 96 horas, a AChE foi inibida apenas na concentração mais alta. Mais estudos são necessários agora para uma maior exploração da toxicidade da CBZ, uma vez que pode ser bioacumulável em toda a cadeia alimentar e pode afetar organismos não alvo.

Palavras-chave:
Carbamazepina; Cerastoderma edule; toxicidade aguda; taxa de liberação; biomarcadores

Instituto Internacional de Ecologia R. Bento Carlos, 750, 13560-660 São Carlos SP - Brasil, Tel. e Fax: (55 16) 3362-5400 - São Carlos - SP - Brazil
E-mail: bjb@bjb.com.br