Acessibilidade / Reportar erro

Fertilização com NPK modula a atividade enzimática e atenua os impactos da salinidade na aceroleira

Resumo

O estresse salino causa distúrbios fisiológicos e bioquímicos que prejudicam o crescimento vegetal. Entretanto, acredita-se que a fertilização mineral adequada pode melhorar o estado nutricional e reduzir os danos causados pelo estresse salino. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os impactos de diferentes combinações de fertilização com nitrogênio, fosforo e potássio sobre o acúmulo de solutos (orgânicos e inorgânicos) e atividade antioxidante em folhas de aceroleira cultivada sob estresse salino no segundo ano de produção. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 10 × 2, correspondendo a 10 combinações de adubação (FC) com nitrogênio, fósforo e potássio (FC1: 80-100-100%; FC2:100-100-100%; FC3:120-100-100%; FC4:140-100-100%; FC5:100-80-100%; FC6:100-120-100%; FC7:100-140-100%; FC8:100-100-80%; FC9:100-100-120% e FC10:100-100-140% da recomendação, referente ao segundo ano de cultivo) e dois níveis de condutividade elétrica da água (ECw) utilizada na irrigação (0,6 e 4,0 dS m-1), com três repetições. A análise multivariada mostrou que irrigação com água de diferentes condutividades elétricas (0,6 e 4,0 dS m-1) apresentou processos distintos em relação à atividade enzimática, produção de compostos orgânicos e acúmulo de solutos inorgânicos nas folhas. Sob irrigação com água de baixa salinidade houve maior acúmulo de K+, carboidratos solúveis e prolina, e menor atividade de enzimas antioxidativas, especialmente SOD e APX. Sob alta salinidade se observou maior atividade enzimática e maiores concentrações de Na+ e Cl-. Os resultados indicam que a resposta da acerola à salinidade foi mais no sentido da homeostase redox do que da homeostase osmótica por meio do acúmulo de solutos compatíveis com o metabolismo. A combinação de adubação FC5 (100-80-100% da recomendação correspondente a 200, 24 e 80 g planta-1 de NPK) modula a atividade enzimática da SOD e APX, atenuando os impactos da salinidade, sendo uma combinação eficiente para preservar a sua homeostase redox nas aceroleiras sob estresse salino.

Palavras-chave:
Malpighia emarginata; estresse salino; manejo de adubação; sistema antioxidante

Instituto Internacional de Ecologia R. Bento Carlos, 750, 13560-660 São Carlos SP - Brasil, Tel. e Fax: (55 16) 3362-5400 - São Carlos - SP - Brazil
E-mail: bjb@bjb.com.br